A próxima vítima foi uma novela de grande sucesso exibida ás 20h30, entre 13/03/1995 – 04/11/1995. Com a autoria de Silvio de Abreu e a Colaboração de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, a trama ficou sob a direção de Jorge Fernando, Rogério Gomes e Marcelo Travesso
. Com José Wilker, Suzana Vieira, Tony Ramos, Aracy Balabanian, Tereza Rachel, Vivianne Pasmanter, Cláudia Ohana, Alexandre Borges, Cecil Thiré e Otávio Augusto nos papeis principais. Em um total de 203 capitulos. A novela nos trouxe um gênero até então inexplorado na tv brasileira, o suspense policial.
A historia começa quando Francesca Ferreto (Tereza Rachel) descobre que o marido Marcelo (José Wilker) lhe trai há 20 anos, com a batalhadora Ana (Suzana Vieira) que é dona de uma cantina italiana. Dessa relação nasceram três filhos, Julio (Eduardo Felipe), Sandrinho (André Gonçalves) e Carina (Deborah Secco). Após a descoberta Francesca não poupa escândalos e cada vez se mostra mais desequilibrada.
Marcelo se casou com Francesca por interesse no Frigorífico Ferreto, que pertence a família de sua esposa. Os negócios são comandados com as mãos de ferro da matriarca Filomena Ferreto (Aracy Balabanian), irmã de Francesca, Romana (Rosa Maria Murtinho) e Carmela (Yoná Magalhães). Casada com Eliseo (Gianfrancesco Guarnieri), Filomena não teve filhos, mas sempre gostou da sobrinha Isabella (Claudia Ohana) como tal. Oque ninguem desconfia na mansão dos Ferreto é que por trás de um rosto angelical, Isabella esconde uma faceta diabólica. Ela esta noiva do rico e apaixonado Diego (Marcos Frota), que nem desconfia do seu verdadeiro cararáter.
Uma reviravolta marca á novela quando o renomado advogado Hélio Ribeiro (Francisco Cuoco) e Francesca morrem envenenados por um uísque na sala VIP do aeroporto.
Mal enterra a mulher, Marcelo rompe a relação de 20 anos com Ana depois de confessar ter outra amante - a sobrinha Isabella, o caso só é descoberto no dia do casamento de Isabella, e como resposta o noivo Diego lhe dá uma surra na frente de toda sua família e amigos.
Sentindo-se humilhada Ana vai tentar de todas as formas se vingar do 'ex'. Ela vai até mesmo se unir à autoritária Filomena (Aracy Balabanian), chefe da clã das Ferreto e sócia de Ana em três restaurantes. Fragilizada, Ana acaba se afeiçoando ao sempre amigo e apaixonado Juca (Tony Ramos), distribuidor de frutas no Mercado da Cantareira e irmão de criação de Marcelo, que a ama desde jovem.
Só que Ana não tem sorte mesmo no amor. Quando Helena (Nathalia do vale) fica viuva de Hélio, com quem mantinha um casamento aberto, ela conhece Juca, por quem se apaixona intensamente. Outro personagem importante na trama é Zé Bolacha (Lima Duarte), um alegre caminhoneiro, contador de histórias, que adora Guimarães Rosa e faz citações poéticas. Ele acaba se envolvendo com Irene, que é muito mais jovem. Ela, por sua vez, é filha de Helena (Natália do Vale), que já esta interessada por Juca (Tony Ramos), filho de Bolacha, formando um quadrilátero de paixões entre as duas famílias.
Uma série de assassinatos, aparentemente sem motivo e conexão entre si, ocorre no desenrolar da trama. Instigada com a seqüência de mortes inexplicáveis, a jovem estudante de direito Irene (Vivianne Pasmanter) tenta descobrir não só o matador, mas quem será a próxima vítima. Ela inicia uma minuciosa investigação dos fatos, depois de ter o pai, Helio Ribeiro, e a tia, Julia Braga (Gloria Menezes), também assassinados. Irene descobre uma lista com códigos. É a famosa lista do "Horóscopo Chinês" com a data de nascimento de todas as sete vítimas. Enquanto Irene trabalha como detetive, novas mortes vão acontecendo. A já citada lista do "Horóscopo Chinês", recebida pelas vítimas antes do crime, é só o que há de comum entre todas as mortes. Um Opala preto vigia e segue as vítimas. Ao fim da trama, descobre-se que todos os que morreram tinham ligação entre si e estavam envolvidos num fato ocorrido no passado. O assassino é, então, desmascarado: Adalberto (Cecil Thiré), Marido de Carmela Ferreto e pai de Isabela, que havia sumido depois de ter gasto todo o dinheiro da esposa.
CURIOSIDADES:
*Na versão reprisada no ano 2000, Eliseo matou Giggio. Bruno matou Eliseo. Ulysses assassinou as sete testemunhas do assassinato do Giggio por vingança, forjou a própria morte e suicidou-se no final da trama ao ser descoberto por Olavo e Miroldo.
* O autor abordou a questões sociais como racismo, homossexualismo, as drogas e a questão da prostituição como vocação.
* A personagem Julia Braga (Glória Menezes), tia de Irene, uma milionária que chega ao Brasil e se envolve numa campanha em prol dos menores de rua, serviu para discutir a questão do abandono no Brasil. A personagem foi inspirada na artista plástica Yvone Bezerra de Mello, que se dedicava intensamente à causa na época, e em seu livro
As ovelhas desgarradas e seus algozes.
* O ator André Gonçalves chegou a ser espancado na rua por causa do personagem homossexual que interpretava.
* A Próxima Vítima foi a primeira novela de Alexandre Borges na TV Globo. Ele já havia feito as minisséries Incidente em Antares (1994) e Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados (1995).
* A próxima vítima
foi vendida para mais de 20 países, entre os quais Cuba, Estados Unidos, Guatemala, Hungria, Letônia, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Portugal, República Dominicana, República Tcheca, Rússia, Uruguai e Venezuela.
* A audiência do ultimo capítulo foi de 62 pontos de média e 64 de pico.
* O ultímo capítulo foi gravado meia hora antes de sua exibição, para despistar a imprensa.
TRILHA SONORA:
A trilha desta novela era preponderantemente romântica. O tema de abertura foi
Vítima, de Rita Lee e Roberto de Carvalho, cantada por ela. A gravação original
Io che amo solo a te, de Sergio Endrigo, era o tema de Ana. Já a trama de Juca foi embalada pela ária
E lucevan le stelle, da Tosca de Puccini, gravada em estúdio especialmente para a novela, com uma orquestra de 16 músicos “dobrando”, ou seja, valendo por 32. A voz era de um jovem cantor lírico carioca, Fernando Portari.
Aliás, composta e interpretada por Djavan, foi o tema de Marcelo.
Trilhas, em nova versão, assinada e cantada por Guilherme Arantes, embalava a história de Helena. A mau-caráter Isabela ganhou a moderna
Alelui-me, baby, de Luiz Guilherme e Paulinho Moska, cantada por Carla Sabá e Daniele Daumerie. Muitas composições incidentais ainda contribuíram para acentuar o mistério e o suspense de
A próxima vítima.
FONTES:
http://teledramaturgia.zip.net/
http://memoriaglobo.globo.com/
http://pt.wikipedia.org/
http://www.teledramaturgia.com.br/